sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Jota’s Club


Jota’s Club
 

Jurista, gênio de uma genealogia tomando jacuba como Judas de jugo em juventude sem janelas entre Jenipapo e Jenipapeiro. Passou por Jirau e Ji-Parana. Estudou Getúlio, Jango e Juscelino.

Com gibão gingando das juremas, jejuando com jabá e jatobá, vestido de janota e não mais de jeca, juntou geografias e justificativas e chegou justo, justamente em Jaboatão, onde fez juramento no juizado com júbilo, juízo, e foi juramentado. Atravessou o Jaguaribe na jusante de junco e chegou junto de João Pessoa. Jogou jongo, jantou jurupoca com januária e jurubeba e cantou Jamelão e dançou Jackson. Entrou em situação jurisdicional julgando ser jurisconsulto.

Fez joint venture, e jingle, jornais e jornadas com jujuba e joystick. Sem juízo justapôs jaleco de jérsei e giz julgando jurisprudência.  Jogando joça não pegará jacaré em Jijoca de Jericoacoara, nem  jangada na Jurema. Jamais jet-ski em Jurere, jogatina no Jorro e no jóquei, em janeiro, junho ou julho, ‘jamé’ de jato para Java, Jacarta e Japão.

Com jeito jônico jacobino foi juntando mais que sua jurisdição e chegou com as juntas de geringonças em terras de jerimum com ginga em Genipabu e jias do Jiqui. Terra de Governadores e Grossos, Galos e Galinhos; Do Jesuíta João M. Junior, filho de Jucurutu que clama Jesus junto com Jacó em Jo 4,10; Jagunços como Jesuíno e Jararaca; gel de Jandaíra e jataí, de jambo e de jamelão; de jegue e de jumento com jaez; de povo jurássico olhando para Júpiter; de jazidas de jade.

Gallia est omnis in partes tres -  Gladius Dei - Genius loci  uma jihad,.igual jiló. Tal como judô, e jiu-jitsu na jugular e sem juiz. Fez junção com Jeans, Joaquins e Julianas. Jornais com jabaculês e jactância. Juntas de Jung, não gritem como jaçanãs e jeitão de jabuti em jambeiro.

Janguies jorraram em jurisdições. Façam jus e justiça sem jubilação, judicioso com os jovens, os Jonas, os Josés e os Geoclaysons; as Josies e as Josuas.  Para não jazz aqui julgue ir genuflexo a Juazeiro, juramentar ser um jequitibá ou um jacarandá ou ainda juntar no jacá seus jargões jurídicos e voltar jururu para Jequié ou Jussiape de jeep com escala em Jeremoabo terra de Joviniano, vendendo jandaias em jaulas, jabuti, jacas e jabuticabas junto de jarros e jutas do Jequitinhonha.

 

30/11/12
 
Artigo publicado em:
O Mossoroense
Mossoró/RN em 04/12/12

Roberto Cardoso
IHGRN

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

MAPAS, Mapas e mapas.


MAPAS, Mapas e mapas.

 O melhor local para se comprar um jornal é inegavelmente nas bancas. Assinaturas e gazeteiros promovem comodidade, mas inibem a curiosidade. Em bancas de jornal, revistarias, procuramos uma revista ou um jornal e achamos além do que procuramos. Algo tão importante ou mais do que aquilo que procurávamos, e ainda outras, muito interessantes.

Ao folhear o Jornal de HOJE* (25/11), mas que na verdade chegou ás bancas ontem, me deparei com uma matéria cujo título continha a palavra ‘Mapa’. Jornal interessante que encontra-se em uma banca aqui e outra acolá. Ainda não descobri como é o mapa de distribuição do jornal.

A curiosidade levou-me a ler a matéria, e com o texto entendi tratava-se de uma sigla de Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento — MAPA. Antes de ler a matéria, e ainda lendo, vários mapas me passaram pela mente, até finalmente entender de qual mapa se tratava a referida matéria.

Os mapas de Piri Reis. Nos primórdios da geografia, buscando defini-la como ciência criando sua própria epistemologia. O mapa dos médicos para Monitorar Automaticamente a Pressão Arterial, com um aparelho preso na cintura do paciente verificando a pressão arterial por 24 h. E tantos outros como mapas Google Maps, mostrando o planeta com alta definição. Os mapas de acesso, muito comum nas entradas das cidades turísticas dando a direção aos visitantes. E citando pontos interessantes a serem visitados.

Mapas de localização, muito utilizados em shoppings e grandes lojas de departamentos, grandes supermercados, mostrando as seções e departamentos.

Mapas em bibliotecas facilitando aos usuários encontrar a obra que procuram. Em escolas podem mostrar não só a estrutura administrativa, como as saídas de emergência, extintores, posto médico e etc.

Mapa de riscos. Utilizado por empresas e instituições preocupadas e focadas com a segurança no trabalho, de seus funcionários, colaboradores e usuários, antecipando informações sobre os ricos químicos, por contaminação de produtos; riscos biológicos, também por contaminação de produtos ou presença de insetos e animais peçonhentos; e riscos físicos, podendo ser provocados pela própria arquitetura do local. Riscos ergométricos e posturais.

Mapas de acessibilidade informando antecipadamente aos portadores de deficiências de locomoção, e aos seus acompanhantes, dos portadores de limitações. Pelos mapas de acessibilidade podemos conhecer os tipos de equipamentos que facilitem ou promovam facilidades aos portadores de insuficiências, deficiências, principalmente as motoras. A arquitetura do local também deve ser modificada e sinalizada, facilitando a vida do portador de limitações. Escadas, banheiros, auditórios, bibliotecas, balcões de lanchonetes e outros serviços, tudo deve ser modificado tendo ou não a presença de um portador de limitações. É a política do momento, não fazer alterações identifica as limitações do administrador.

Qualquer empresário ao pensar em criar e montar uma empresa é instruído a construir um plano de negócios que nada mais é que um mapa detalhado com descrição de atos e fatos, itens que procuram identificar os caminhos da empresa a serem seguidos, contornando obstáculos e dificuldades.

Mas voltando a matéria do jornal, havia uma declaração enfatizando a responsabilidade do trabalho do fiscal do Ministério da Agricultura. Funcionário este que necessita de muito preparo para executar as tarefas pertinentes à fiscalização de entrada e saída de produtos de origem animal e vegetal em portos e aeroportos Este funcionário deverá estar apto a identificar o produto, consultar um mapa com a lista de produtos autorizados a entrar ou não, no estado ou no país. Analisar um mapa geográfico identificando a origem da mercadoria, o trajeto entre a origem e a procedência e o trajeto entre a procedência e o destino final. Saber coletar uma amostra, colocar esta amostra em embalagem apropriada, lacrar a embalagem com a amostra e enviar ao laboratório para análises mais detalhadas, não se esquecendo de preencher o mapa que relaciona as amostras enviadas ao laboratório, e seus resultados.

Terminando uma definição de alguns mapas. Envio o artigo ao jornal e coloco em um mapa semanal a tarefa de acompanhar no jornal, quem sabe a publicação de mais um artigo.

 * Jornal de HOJE - Natal/RN (25/11/12)
Roberto Cardoso
Membro do IHGRN
Produtor Cultural
 
Artigo Publicado
Jornal de HOJE
26/11/2012


 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Elephante de Shiva


O Elephante de Shiva

 Não sei onde e quando começou a história sobre o mapa do Estado do Rio Grande do Norte - RN ter semelhança com um elefante.  Como também não sei muito sobre uma história, com certeza indiana, que um elefante carrega o mundo nas costas. Mas é uma verdade que o mapa do RN assemelha-se a um elefante e que podemos encontrar o mundo sobre este elefante.

No RN encontramos uma série de cidades com nomes que poderíamos fazer um tour pelo Brasil e pelo mundo. Caso não acredite, venha ver, começando pelo povo nativo é possível encontrar alguns caiçaras. Podemos ainda encontrar estados brasileiros, algumas capitais estaduais, países e cidades do mundo. Viajar pela história encontrando cidades com nomes de presidentes, governadores e senadores. Escoltados por soldado e tenente, por major e coronel. Arvores de madeiras nobres e comuns. Animais, mamíferos, insetos e aves Jardins e floresta. Rios, riachos e lagoas. Serras, montes e montanhas. Santos e santas. Velhos e novos. Cidades, portos, pedras, lajes, pintadas e caiadas, pretas e grandes. Impossível citar todas, sempre haverá uma pendência é melhor “num jundiá”.

Observando o mapa podemos começar pela cidade de Alexandria que se localiza na tromba do elefante, tal como Venha Ver, indicando algo avistado, mirado.  Alexandria lembra a o farol e antiga biblioteca egípcia de Alexandria destruída por um incêndio. A a tromba investiga o ambiente, busca informação, tal como vamos ver e pesquisar nas bibliotecas. A tromba do elefante é capaz de pegar uma flor, mas também tem força para derrubar uma árvore, na tromba representada no mapa está também localizada a cidade de Paus dos Ferros. Além de investigar o ambiente a tromba serve para captar a água que será levada á boca, e na suposta boca do mapa encontramos o Rio Piranhas que forma a represa de São Rafael com a cidade que um dia foi inundada.

O olho do paquiderme riograndense está Mossoró, a cidade sempre enxergou o mundo com outros olhos, seja na cultura ou da libertação dos escravos, ou mesmo no episódio dos cangaceiros tentando entrar na cidade, mostrando uma flexibilidade e resistência tal como a árvore de nome mororó e que alguns estudiosos entendem como a origem do nome Mossoró. Além das salinas, brancas como uma esclera ocular, tem o petróleo negro e a variedade de frutas proporcionando várias cores e nuances de Iris.

Mossoró que tem como padroeira Santa Luzia a protetora dos olhos. A cidade que um dia foi invadida por um Lampião. Não cabe aqui discutir se Lampião e seu bando invadiram ou não a cidade, mas cabe uma hipótese do que seria Mossoró hoje sem o episódio de Lampião. Jararaca um cangaceiro do Bando de Lampião ficou na cidade e seu túmulo é visitado todos os anos no dia de finados, sendo atribuídos a ele alguns milagres. Do veneno da cobra jararaca é extraída uma substância usada no tratamento da hipertensão, o captopril..

Em Mossoró encontra-se uma universidade federal ligada a assuntos rurais. E diversos nomes de cangaceiros lembram fauna e flora do nordeste, de um jeito ou de outro estas espécies e nomes narrados pelos cangaceiros continuam por lá, quem sabe estudadas na universidade. Pássaros, répteis, árvores, flores e fenômenos meteorológicos.

Sob o ponto de vista das leis todo o homem que pertença a um grupo e pratique roubos com violência é classificado como bandido, desde que se apoderem de dinheiro destinado a terceiros. Seja em uma região urbana de uma cidade ou mesmo rebeldes guerrilheiros, organizados ou não, reconhecidos ou não. Uma definição muito vaga, pensamento de  E. J. Hobsbawn, nobre historiador, fato que o levou a um estudo mais aprofundado e um livro publicado, Bandidos.

Existem algumas espécies de elefante e o do mapa parece ser da China, já que está inscrito Macau em suas costas, uma cidade chinesa. Elefantes já foram usados na guerra, inclusive Maquiavel recomenda em sua bibliografia, que diante de uma manada de elefantes, saia da frente e deixe-os passar, não vale a pena enfrenta-los. Este elefante do mapa como está sozinho e representa o mundo com diversos povos reunidos, ele pacifica.

Os pés do elefante no mapa, não são muito distintos um dos outros, eles parecem estar juntos, em parelhas, ou cruzados formando uma cruzeta. Continuando no mapa e na vida, onde alguma coisa começa, outra termina,  temos Natal dos Reis Magos que anunciaram a chegada do Menino Jesus, e anunciam também a porção final do elefante.

Roberto Cardoso (Maracajá)
Ativista Cultural
Cientista Social
RM & KRM