segunda-feira, 17 de junho de 2013

Meteorologistas, feiticeiros e pajés. (1)


Meteorologistas, feiticeiros e pajés. (Parte 1)

 

Muito já se falou e já se constatou que a atual seca no NE é a pior dos últimos tempos, pelo menos entre os novos tempos, e desde os tempos de onde e quando há registros de dados anotados e classificados, de um modo cientifico e acreditável. Tanto o período de secas quanto o período de chuvas, são momentos sazonais previsíveis e esperados para acontecer, a intensidade dos períodos que se torna uma dúvida e uma expectativa. O sertanejo tem suas formulas e técnicas para prever e saber antecipadamente como serão os períodos de chuva e de seca. Formulas e técnicas chamadas de crendices e empirismo pelo cientificismo.

As dimensões continentais do Brasil criam diversas denominações das estações, em diferentes regiões, que podem causar um mau entendimento por uns ou por outros nos diagnósticos e prognósticos climáticos e meteorológicos. Enquanto uma parte do país entende o inverno como uma estação fria outra parte entende como período das chuvas. Enquanto durante uma mesma época do ano uns chamam de verão outros chamam de seca. Meteorologistas classificam de veranico um pequeno período do inverno com características de verão.

O outono traz consigo uma herança colonizadora como sendo o período em que as folhas caem, ficando as arvores apenas com os galhos. A primavera como a estação das flores e no nordeste o mandacaru quando flora na seca é sinal que a chuva chega no sertão.  Nas escolas do sul maravilha aprende-se desde sedo por fotos e imagens na TV que o cactos é uma planta natural dos desertos. O sertanejo desde cedo sabe distinguir um facheiro de um mandacaru e de um xique-xique.

Pinicos pluviométricos, bolas de cristal heliográficas e higrômetros com elementos medidores de umidade consistindo em um conjunto de fios de cabelos, que distendem com a umidade. Vendavais medidos pela quantidade de penas que uma galinha perde, e birutas para indicar direção e velocidade de vento. E molhar o dedo para identificar a direção do vento, são modelos ou instrumentos de medição de um passado não tão distante.

Observar e analisar as nuvens no céu, observar comportamentos de alguns animais, perceber se faz frio ou calor, faz parte de uma observação empírica, implícita em cada um de nós. O homem aprende pela observação.

 

RODAPE

 

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Natal - Parnamirim/RN ─  27/05/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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